segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
A Pedalada
Psicopatia de Estado
Nos tem faltado até ar no capitalismo burocrático
Corpos tem sido empilhados,
e tanto faz para os porcos
O velho Estado é assassino de nascença,
é psicopata por consequência
Enquanto o povo do Amazonas morre,
o latifúndio vive
Enquanto o povo do Brasil sofre,
os políticos querem faturar em cima das doses
A corda esticada sobre o pescoço dos periféricos,
está apertando cada vez mais
É momento de acabar com a morte,
é momento de acabar com o velho Estado
Na pandemia,
precisamos fazer tomar uma decisão:
Morrer sem ar,
Ou lutar
São Gonçalo, 2021
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
O Azul de Niterói
O azul do Leste Fluminense é vivo,
é vivo como o coração dos que lutam
Assim como o verde da Serra da Tiririca,
que é gracioso como as nuvens de julho
Apesar de tanta segregação,
a cidade sorriso é do povo que nela trabalha
O Sossego da praia,
O pico do Cantagalo,
Os peixes secos de piratininga,
A desconcertante vista da Praia de Icaraí
As belezas da natureza devem e precisam,
ser desbravadas pelo povo, precisam servir às pessoas reais
Pois o azul do Leste Fluminense é de todos,
Niterói é do povo
São Gonçalo, 2020
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
A Nova Década
Os dias tem sido melancólicos, esses primeiros da nova década. A nuvem obscura ainda tem bloqueado o sol, e a covid insiste em assustar, mesmo agora que não há mais como isolar.
O Rio de Janeiro continua sangrando, a PM já matou inocentes em 2021. As gotas de chuva que já caíram na nova década, alagaram as ruas do antigo século em São Gonçalo. Morros de barro desbarrancaram, houveram muitas lágrimas e revolta dos silenciados. A corda está prestes a se romper.
O Brasil entra na nova década, como saiu da antiga, em ebulição.
- São Gonçalo, 2021
Vermelho, como Brasa
O Brasil é vermelho,
vermelho como brasa segundo o tupi
Vermelho também é a cor da revolta,
do sangue periférico derramado todos os dias pelo velho estado brasileiro
Eu nasci no Rio de Janeiro e nunca fui ao "Cristo Redentor",
Nunca vi os lençóis maranhenses,
Nunca naveguei pelo Pantanal Matogrossense
A Amazônia é distante,
assim como os Pampas
Eu não conheço meu país,
Assim como meu pai não conhece,
Como minha avó não conheceu
Porém nós conhecemos o Brasil,
Conhecemos o vermelho como brasa,
a revolta, a luta,
e também infelizmente o sangue periférico derramado
- São Gonçalo, 2021