Sinto-me no dever de dizer,
que sem nenhuma miséria ou tristeza,
acordei em um sonho de outono
Com um gosto doce que ficou em minha boca,
senti o frescor da juventude em meu peito,
e a brisa leve da Praia das Pedrinhas
Confesso que estou um pouco febril,
me permiti a tranquilidade,
o recomeço,
dias ensolarados pelos sorrisos
Mergulhei naqueles verdes tão lindos,
naveguei em águas desconhecidas,
e nem mesmo as pequenas chuvas me assustaram,
meu caíco agora tem motor
Nunca fui Weberiano,
porque o material é muito mais visceral
De que importa os tipos ideais,
se é o toque que nos arrepia?
Se o concreto é que tudo que existe,
se a vida está a todo momento mudando,
se a felicidade está em poder viver o real?
Para o inferno os planos perfeitos,
e a tristeza
Eu escolho a Praia das Pedrinhas,
a contradição da matéria,
os dias ensolarados pelos sorrisos,
a vida em sua constante inconstância
São Gonçalo, 2024