domingo, 4 de agosto de 2024

Sobre Pedrinhas e Dias Ensolarados

Sinto-me no dever de dizer, 

que sem nenhuma miséria ou tristeza, 

acordei em um sonho de outono


Com um gosto doce que ficou em minha boca, 

senti o frescor da juventude em meu peito,

e a brisa leve da Praia das Pedrinhas 

Confesso que estou um pouco febril,

me permiti a tranquilidade,

o recomeço,

dias ensolarados pelos sorrisos 


Mergulhei naqueles verdes tão lindos,

naveguei em águas desconhecidas,

e nem mesmo as pequenas chuvas me assustaram,

meu caíco agora tem motor


Nunca fui Weberiano, 

porque o material é muito mais visceral

De que importa os tipos ideais, 

se é o toque que nos arrepia? 

Se o concreto é que tudo que existe, 

se a vida está a todo momento mudando,

se a felicidade está em poder viver o real?


Para o inferno os planos perfeitos, 

e a tristeza 


Eu escolho a Praia das Pedrinhas,

a contradição da matéria,

os dias ensolarados pelos sorrisos,

a vida em sua constante inconstância 


São Gonçalo, 2024


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