O Pontal não é a BR
Ele vai além das ladeiras de concreto,
E das casas verdes e amarelas
Entre suas esquinas
Dá para sentir a brisa da baía,
E a calmaria das suas caninhas
Entre o barulho distante de carros,
Voando em mais de 100km/h,
O céu é azul
E tem suas tesouras
As que só cortam os ventos,
Bailando num ritmo único e sinuoso
Que acalma a alma
Subindo o Galão,
Com curvas mortais e bases abandonadas
Não há lugar mais lindo
O Dedo de Deus ao fundo,
Rio de Janeiro ao alcance dos olhos,
E o Pão de açúcar
O Pontal é a ponta do meu mundo
Mundo de belezas isoladas,
De belezas desacreditadas
Aquelas que ninguém quer ver,
Que todos ignoram,
Por serem as mais únicas e sinceras
São Gonçalo, 2018
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