A curva da morte brilha e se mantém viva sob a luz do luar. Mesmo com o barulho das árvores balançando com o vento, a calmaria toma conta. As pequeninas marolinhas que insistem em bater no concreto da fábrica, bailam em uma sinuosidade única enquanto refletem a lua. Elas aferram meu coração, elas batem forte dentro de meu âmago.
Desmascarando todas as ilusões, dispersando todas proteções. Enquanto a bicicleta pula em todos os buracos, sinto-me envolto em minha própria sombra, sinto um frio na barriga, pois cada buraco sempre parece maior do que de fato é.
A curva da morte vive as margens da Baia da Guanabara, e nos dias de lua cheia, brilha forte como um diamante.
- São Gonçalo, 2020
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