O barulho das ondas de Gragoatá,
É o barulho dos meus pedidos de socorro,
em todos aqueles dias estranhos de infância
Entre tantas fugas,
Só perceberam uma
O cheiro de Gragoatá,
é o cheiro das minhas lágrimas de adolescente,
o cheiro de todo pânico,
e desespero juvenil
Fui despedaçado tantas vezes,
que realmente não sei como passei dos dezoito
A brisa do Gragoatá,
é a brisa da vida adulta,
a brisa da tristeza em não ser nada,
a brisa da pressão social
Me disseram que as coisas mudariam,
mas a dor não mudou,
e as mentiras tem doído ainda mais
Quando eu era moleque e fugia para Gragoatá,
Não existia nada mais lindo,
Outro lugar para estar
E ainda não existe,
Pois o calçadão de Gragoatá,
É o calçadão de todas as dores da minha vida
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