segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Dias de Atlas

 Tento levantar,

mas meus dedos não respondem,

Ainda não consigo superar que já amanheceu

o despertador já tocou,

o desespero já tomou conta,

Vai tudo começar mais uma vez,

e o matadouro está batendo a porta


Não descansei mais uma vez,

as lágrimas que secaram de ontem,

estão caindo novamente

Tento me conformar que vai começar de novo,

mas tudo que consigo é vomitar mais uma vez


Ainda não são 8 da manhã,

e o calor escaldante já começa a tortura,

berrar infelizmente não é uma opção 


De passo em passo, 

luto contra essa vontade enorme,

de me entregar ao fim 


Os minutos passam, 

mas a dor não

Não consigo parar de pensar, 

não consigo pensar, 

só quero não pensar

São tantas besteiras, 

é tanta raiva,

frustração 


As horas passam, como se fossem dias

Vivo no meio de surdos falantes,

e de falantes surdos 

A tristeza só aumenta conforme a meia-noite chega,

a solidão invade e da suas mãos com a ansiedade,

Tento desmaiar, mas tudo que consigo,

é me desesperar ao lembrar,

Que amanhã tudo se repetirá 


São Gonçalo, 2022


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