Subi as baixadas litorâneas querendo viver,
Querendo deixar para trás as planícies e seguir a altitude até poder ver o além-mar
Quando o cume se mostrou somente uma pequena rocha,
Meu coração palpitou pois ali era o limite
E quem não tem medo do fim?
Quem não fica receoso quando não tem mais para onde ir?
Em pé me coloquei, abri os braços e senti o vento. As árvores lá ao fundo, as casas como formigas e estava lá meu coração novamente tremendo. Fechando os olhos e com meu âmago palpitando, sem barreiras, somente o vento e um medo voraz que nos dá algum significado em meio a uma existência tão vazia e decadente.
Subi as baixadas em busca de vida, em busca do medo e do significado de toda uma existência
São Gonçalo, 2020
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