Acordei hoje, como acordei ontem
Acordei ontem, como acordei semana passada
Os dias estão passando apertados
O desespero tá batendo,
E a tristeza acabou com sua trégua
Tenho medo,
E raiva
Raiva de me sentir inútil,
Raiva de me sentir incapaz,
Raiva de sentir na pele os efeitos do sistema,
De me sentir um estranho em meu ‘’lar’’
Tenho medo pela minha cidade,
Pelos meus iguais,
Pela minha sanidade
É uma questão de tempo
O sangue estará nas mãos dos liberais,
Estará nas mãos dos que apertaram 17,
Estará nas mãos do presidente da república
Se não for o Covid,
Será o pós pandemia
E deus, será mesmo brasileiro?
Veremos em breve
São Gonçalo, 2020
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